quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Edição 320

CHUVA, MEIO AMBIENTE
E REFORMA URBANA

Luiz Claudio Romanelli - Estive na semana passada no norte pioneiro e minha agenda política acabou substituída de forma dramática pelas fortes chuvas que atingiram a região e pelos imensos danos e sofrimentos das populações atingidas. Acompanhei desde a última quinta-feira as conseqüências das enchentes e sou testemunha da rápida ação do governo do Estado para reparar as estradas e atender as famílias desabrigadas. As cidades mais atingidas, como Sengés, Tomazina e Pinhalão, tiveram grandes áreas isoladas devido à queda de pontes e barreiras. Houve cinco mortes registradas até agora (em Sengés), além de desaparecidos e mais de quatro mil pessoas atingidas nos municípios da região.
Na grande Curitiba, as chuvas também provocaram graves problemas, particularmente em Campo Magro, onde há 80 famílias desalojadas e que perderam praticamente todos os seus bens.
A previsão é de muita chuva até abril, o que nos faz temer a repetição desse drama. As catástrofes climáticas estão se tornando cada vez mais comuns e mais sérias e não dá para ignorar que é a ação do homem, sua agressão irresponsável ao meio ambiente, a responsável por esses desastres.
As chuvas, furacões e outros fenômenos, por piores que sejam, não provocariam tantos danos se o meio ambiente não estivesse tão degradado. A destruição das matas ciliares, o desmatamento e outros crimes ambientais, cometidos quase sempre sob os auspícios de grandes interesses econômicos, estão rapidamente condenando o mundo em que vivemos.
O problema é ainda mais sério nas cidades, onde a especulação imobiliária leva milhares e milhares de pessoas a terem, como única alternativa de moradia, áreas de risco, encostas de morros e beira de rios. Os alagamentos e desabamentos se sucedem. As pessoas perdem suas casas, todos os seus bens e, não tão raramente como se supõe, suas próprias vidas.
O governo do Paraná agiu rapidamente no enfrentamento das conseqüências das enchentes. Todas as medidas emergenciais estão sendo tomadas. O governo federal, por sua vez, deve decidir esta semana a destinação de R$ 394 milhões para socorrer as cidades atingidas pelas enchentes no Paraná, de acordo com informação da secretária nacional de Defesa Civil, Ivone Maria Valente. É o PAC das Enchentes, cujos recursos estão sujeitos a menos trâmites burocráticos e, portanto, podem ser enviados e utilizados com maior rapidez.
Tudo isso é meritório. Porém, é bom ter claro que com essas medidas estamos simplesmente correndo atrás dos fatos, e não atacando suas causas, impedindo que eles se repitam.
Por isso, merece registro o alerta do governador Roberto Requião que em meio às ações emergenciais de seu governo para minorar o sofrimento da população atingida, chamou a atenção para os problemas ambientais que agravam os danos provocados pelas chuvas. É importante também apontar que o drama vivido pelas cidades brasileiras nesse período de chuvas intensas só tende a aumentar e não necessariamente em função de maior precipitação pluviométrica, se não for feita uma profunda reforma urbana, que garanta moradia decente e um meio ambiente sadio para todos.

38 vagas na prefeitura de
Joaquim Távora

As provas serão realizadas no dia
07 de março, a partir das 14h00, em local
a ser definido. O candidato poderá se inscrever
no concurso pelo site www.prosperity1.com.br

DA ASSESSORIA - O prefeito de Joaquim Távora, Cláudio Revelino, confirmou nesta terça-feira, dia 02, que o município promoverá concurso público de provas de títulos e prova prática. Os interessados em se inscrever deverão comparecer com a documentação ao posto de inscrição até o dia 18, das 8h00 às 11h30 e das 13h00 às 17h00, de segunda a sexta-feira, no departamento municipal de assistência e desenvolvimento social, na rua Rui Barbosa, nº 303.
Informações podem ser obtidas pelo telefone (43) 3559-2624 e no site www.prosperity1.com.br. O candidato pode optar por inscrever-se no concurso pelo site.
As provas serão realizadas em Joaquim Távora no dia 07 de março, a partir das 14h00, em local a ser definido.

Vagas e Salários

As 38 oportunidades são para Bibliotecário (1 vaga) R$ 1.400, Engenheiro Civil (1) R$ 2.288,94, Médico (2 vagas) R$ 4.250,99, Médico Veterinário (1) R$ 1.788,41, Assistente Social (1) R$ 2.300,00, Nutricionista (1) R$ 1.788,41, Enfermeiro (1) R$ 2.300,00, Psicólogo (1) R$ 2.300,00, Técnico em Enfermagem (2) R$ 956,37, Técnico em Contabilidade (1) R$ 1.905,58, Técnico em Informática (1) R$ 956,37, Assistente Administrativo (2) R$ 465,00, Professor (Magistério) (1) R$ 488,80, Professor Língua Inglesa (1) R$ 488,80, Professor Educação Física (1) R$ 488,80, Servente (2) R$ 465,00, Operador de Máquinas (Retro Escavadeira) (1) R$ 1.200,16, Operador de Máquinas (Motoniveladora) (1) R$ 1.200,16, Operador de Trator Agrícola (1) R$ 888,99, Operário (3) R$ 465,00, Vigia (1) R$ 466,69, Gari (3) R$ 465,00, Agente Comunitário de Saúde (1) R$ 465,00, Médico (2) R$ 7.779,98, Enfermeiro (2) R$ 1.812,55, Dentista (1) R$ 1.721,91, Auxiliar de Consultório Odontológico (1) R$ 551,90 e Técnico em Higiene Dental (1) R$ 599,53.

Desalojados de Wenceslau Braz são atendidos pela assistência social

Treze famílias foram socorridas no dia
da tragédia, no entanto somente seis
permanecem no abrigo preparado pela
prefeitura, na praça dos festejos


DA REDAÇÃO - Uma semana se passou desde que as fortes chuvas atingiram várias cidades do norte pioneiro, deixando centenas de pessoas desabrigadas. Em Wenceslau Braz, a vila Los Angeles foi a principal prejudicada.
Segundo a secretária de assistência social, Claudete Tereza Pereira Costa, seis famílias estão abrigadas no pavilhão de eventos da praça dos festejos, próximo ao ginásio de esportes. “No dia em que aconteceu essa tragédia, nós nos prontificamos em estar rapidamente atendendo a todos. Foram retiradas do local umas 13 famílias, das quais, seis permanecem no abrigo que preparamos próximo ao ginásio. As demais resolveram ficar em casas de parentes ou amigos”, esclareceu a secretária.
Claudete informou ainda que apesar de muitas famílias não terem permanecido no local preparado pela prefeitura, estão sendo atendidas com cestas básicas e água. “Independente de estarem ou não no alojamento que preparamos, todas estão sendo atendidas com água, alimentação e roupas”, disse a Claudete, lembrando ainda que existem outras famílias que estão em área de risco, no entanto se recusaram a deixar a residência. “Estamos vendo mais pessoas que devem deixar suas casas. Muitos ficam receosos quanto a seus pertences, mas estamos trabalhando para atender a todas da melhor forma, tirando-as de locais onde possa haver perigo”, explicou.
O prefeito municipal Atahyde Ferreira dos Santos Junior está buscando ajuda para atender melhor a população. “O que nós queremos é cuidar da melhor maneira possível dessas pessoas que tiveram que deixar suas casas e ficar em abrigos ou em casa de parentes. Graças a Deus não tivemos tantos problemas graves, somente esse da vila Los Angeles, mas sem nenhuma vítima fatal. Independente de qualquer coisa, estaremos atendendo a todos”, finalizou o prefeito Taidinho.

Benetti se encontra com deputados
no intuito de solicitar ajuda às
famílias desabrigadas

Em viagem à Brasília o prefeito foi solicitar
ajuda ao município em função das enchentes
do último final de semana e também recursos
para recuperação de pontes e estradas


DA REDAÇÃO - O prefeito de Pinhalão, Claudinei Benetti, se reuniu no início dessa semana, em Brasília, com o deputado federal Odílio Balbinotti, para buscar apoio e solicitar recursos para amenizar os prejuízos causados pelas enchentes. Pinhalão teve dezenas de pontes destruídas, aterros e estradas rurais praticamente intransitáveis. “O caos é muito grande, tivemos muitas perdas, diversas casas terão que ser demolidas, tivemos prejuízo com nossos veículos, onde para recuperar teremos que investir aproximadamente R$ 250 mil”, disse Benetti.
Segundo o chefe de gabinete, Sidnei Bueno de Oliveira, a prefeitura estará viabilizando terrenos para que sejam construídas, com recursos do governo estadual e federal, novas moradias para as famílias atingidas. “Muitas casas terão que ser demolidas, no entanto ninguém ficará desabrigado, pois já estamos providenciando terrenos para a construção de novas residências”, destacou Oliveira.
Além do apoio que está recebendo do deputado Balbinotti, Pinhalão também conta com ajuda do senador Flávio Arns, o qual esteve no município na terça-feira, dia 02, oferecendo apoio na busca de recursos para a recuperação e atendimento ao que foi destruído pelas chuvas.



Produtores rurais de Jaboti
sofrem com danos nas plantações
devido às chuvas

Além da perda de bens, agricultores lamentam
o prejuízo que terão devido às plantações
de milho que foram devastadas pelas
fortes chuvas

DA REDAÇÃO - O pequeno município de Jaboti, não escapou da fúria da natureza do último dia 29. Em alguns bairros rurais houve inundações e a perda de muitos bens. A cheia do Rio das Cinzas causou estragos em diversas propriedades. Segundo um dos proprietários, Fernando Siqueira, cerca de 15 casas no bairro do Varzeão foram encobertas e os moradores precisaram da ajuda de tratores para limpar as ruas. Na tarde desta quarta-feira (03) a energia elétrica foi normalizada, todavia a maioria das residências está sem água potável.
A maior perda foi dos produtores rurais que além de perderem seus móveis, também sofreram danos nas plantações de milho. Barracões onde eram tirados leite, também não resistiram ao temporal. “Pra nós é um prejuízo muito grande, pois teremos que começar de novo.
Além dos bens que perdemos, perdemos nosso ‘ganha pão’. É uma triste realidade”, lamentou um dos prejudicados.

Lutando por um novo começo

São José da Boa Vista, que há alguns anos
foi prejudicada por chuvas fortes, como as
ocorridas na última sexta e sábado, junta
forças para reparar os estragos

DA REDAÇÃO - Depois de ter perdido 72 pontes, após as fortes chuvas ocorridas há uma semana, São José da Boa Vista luta para se reerguer. Foram perdas incalculáveis e prejuízos gigantescos para o município, que foi o primeiro a decretar situação de emergência no Paraná. A Defesa Civil acredita que, nos próximos dias, o mesmo deve acontecer com outras cidades que estão avaliando os danos causados pela chuva. Segundo o Tenente Pinheiro, o município em situação de emergência elabora um relatório com os prejuízos, a Defesa Civil avalia e encaminha um pedido formal ao governo federal para que seja reconhecida a situação.

Cidades em situação de emergência podem ser beneficiadas por verbas do governo e os habitantes prejudicados podem sacar o fundo de garantia caso sejam comprovados os danos na cidade. As verbas só são liberadas a partir do momento em que o governo federal reconhecer a situação do município e publicar a decisão no Diário Oficial da União. Dilceu Bona, que enfrentou a mesma situação há quatro anos, expressa sua fé e esperança por dias melhores. “Não perdemos o ânimo, temos que continuar lutando, vamos nos reerguer e mostrar que demos a volta por cima e saímos vencedores de mais um grande problema”, afirmou Bona.

Pane na telefonia deixa
boavistenses sem comunicação

Segundo informações, a lâmina de um trator
de esteira de uma empresa particular teria
arrebentado os cabos de fibra ótica
enterrados às margens da estrada

DA ASSESSORIA - A cidade de São José da Boa Vista ficou sem comunicação durante uma boa parte da manhã desta quinta-feira, dia 04. A pane nas telefonias fixa e móvel ocorreu porque um trator de esteira de uma empresa particular estaria fazendo uma terraplanagem nas proximidades do bairro Olho D’água, na zona rural do município.

Segundo informações de pessoas que passavam pelo local, a lâmina do trator teria arrebentado os cabos de fibra ótica enterrados às margens da estrada que liga a cidade ao bairro da Mangueirinha, também na zona rural.
De acordo com as informações, por causa do incidente, a cidade de Arapoti também teria ficado sem o serviço telefônico pelo mesmo espaço de tempo, porém, isso não foi confirmado pela concessionária. O sinal foi restabelecido e voltou ao normal no início da tarde de ontem.

Rainha das colinas também sofre
pelas fortes chuvas do último sábado

Moradores, servidores e autoridades públicas contabilizam os estragos causados pela forte
chuva que atingiu Ibaiti. Várias casas foram
afetadas pelos desmoronamentos e pela enxurrada

DA ASSESSORIA/REDAÇÃO - As chuvas sem fim, entre sexta (29) e sábado (30), causaram inúmeras destruições, como a queda de árvores, pedras, pontes, postes da rede de energia elétrica e a proliferação de buracos nas vias públicas do município de Ibaiti. Moradores, servidores e autoridades públicas contabilizam os estragos causados pela forte chuva que atingiu a cidade. Várias casas foram afetadas pelos desmoronamentos e pela enxurrada.
Logo pela manhã, técnicos da Defesa Civil, a secretária de obras, viação e serviços urbanos e a assistente social da prefeitura visitaram as zonas mais afetadas para ver a gravidade dos problemas nas residências, além de cooperar com a limpeza e remoção das famílias para locais seguros. Nenhuma pessoa ficou ferida durante os estragos causados pelas chuvas e desmoronamentos e ninguém ficou desabrigado.
Os bairros mais atingidos foram o São Cristóvão, Conjunto João Edmundo de Carvalho e Jardim Pérola, onde as fortes enxurradas, além de arrancarem meio-fio, abriram enormes crateras nas vias, destruindo tudo que estava pela frente.
Na zona rural, o grande volume de água nos córregos e ribeirões danificou pontes e plantações. Houve também um grande deslizamento de terras no morro acima da captação de água da SANEPAR. As águas do Ribeirão do Meio transbordaram e arrancaram árvores, postes de energia elétrica e a queda da ponte que dá acesso a captação.
A prefeitura já deu inicio à limpeza da área, disponibilizando a retro e pá carregadeira, para que o abastecimento de água fosse normalizado o mais breve possível.
Na rodovia BR-153, que dá acesso à capital do Estado, no trecho conhecido como Pedreira, devido ao grande volume de água, se formaram várias cascatas, as quais invadiram a pista ocasionando lâminas de água. Um pouco mais a frente, houve um deslizamento de terras e quedas de árvores, deixando a via interditada em meia-pista. Os prejuízos financeiros ainda não foram contabilizados em Ibaiti, mas diante dos estragos causados pelo temporal que atingiu a área rural e perímetro urbano, o prefeito decretou situação de emergência no município e será traçado um plano emergencial de ações juntamente com a secretaria de obras, secretaria de assistência social e Defesa Civil, que devem dar início às obras de recuperação das principais vias de acesso entre a zona rural e a cidade o mais rápido possível, bem como nas demais áreas atingidas. O prefeito Luiz Carlos dos Santos, o Peté, ressaltou que a situação no município está complicada. “Nós colocamos todos os nossos profissionais e técnicos para atuar e minimizar o quanto antes os problemas e transtornos causados por esses temporais. Ainda estávamos nos recuperando dos problemas anteriores e, por isso, pedimos um pouco de compreensão à população”, suplicou.

Grupos iniciam ajuda para
desabrigados de Sengés

O prefeito de Sengés, Walter Juliano Doria,
afirma que a população está precisando de
roupas de cama, cobertores e vestimentas


DA ASSESSORIA - A desempregada Chirlei Silva, moradora de Sengés, perdeu móveis, alimentos e roupas na enchente do Rio Jaguaricatu, na noite de sexta-feira, 29. A água subiu até o teto de sua residência. O morador Claudinei Werneck levou a bebê e a esposa para o abrigo instalado no salão da igreja matriz enquanto espera ajuda do prefeito para recomeçar a vida. Para ajudar essas e tantas outras pessoas afetadas pela chuva, campanhas de donativos estão sendo organizadas. A Associação dos Municípios dos Campos Gerais (AMCG) lançou a campanha “Os Campos Gerais por Sengés”. Segundo a diretora administrativa da Associação, Danielle Oliveira, cada cidade da região irá receber os donativos e avisar a AMCG, que organizará a entrega. O Paraná Clube também vai receber donativos neste fim de semana. A direção do clube quer aproveitar a presença de cerca de 8 mil pessoas no clássico com o Atlético, no domingo à tarde, na vila Capanema, para promover a campanha “SOS Norte Pioneiro”.
O prefeito de Sengés, Walter Juliano Doria, afirma que a população está precisando de roupas de cama, cobertores e vestimentas. “A água já está sendo restabelecida”, afirma o prefeito, que decretou situação de emergência. “Ainda não calculamos os prejuízos porque estamos mais preocupados em ajudar os desabrigados”, explica.
A cidade ainda tem 100 desabrigados (em alojamentos públicos) e 300 desalojados (em casas de parentes).
A entrega dos donativos a Sengés será agilizada após a construção de desvios temporários. A concessionária Rodonorte previu que, se não chovesse até esta sexta-feira os desvios do quilômetro 8, da rodovia PR-239 (acesso a Itararé-SP) e do quilômetro 182, da PR-151 (acesso a Jagua­riaíva) estariam prontos. Por enquanto, para chegar à cidade é preciso usar uma estrada de terra em condições precárias.

Sobra água no rio,
falta água nas torneiras

Falta de água impede que as famílias
atingidas pela cheia do Rio das Cinzas
consigam voltar para as suas casas.
Sem água, os desabrigados e desalojados
não conseguem lavar o que restou da enchente


DA ASSESSORIA - Boa parte dos nove mil habitantes de Tomazina, ainda está sofrendo com a falta de água e de alimentos. Muitos não têm sequer água para beber, cozinhar e tomar banho. Sem abastecimento desde sábado, a prefeitura está pedindo a ajuda de doações, que têm chegado principalmente de Siqueira Campos e Wenceslau Braz. A água está sendo trazida em caminhões-pipa, que abastecem pequenos reservatórios instalados em colégios e no Santuário de Santo Inocêncio, onde está parte dos desabrigados. Nos lugares mais distantes, como nos bairros rurais, água e comida só chegam em embarcações. A falta de água também impede que as famílias atingidas pela cheia do Rio das Cinzas consigam voltar para as suas casas. Sem água, os desabrigados e desalojados não conseguem lavar o que restou da enchente, como a própria casa.

Hospital

No quartos e na enfermaria do Hospital São Vicente de Paulo, o único da cidade, a água chega em baldes. A lavagem das roupas de cama e dos pacientes está prejudicada. “Nosso problema é a escassez da água. Por isso estamos precisando da ajuda dos moradores das cidades vizinhas para doações de roupas de cama, de toalhas, fronhas, enfim, tudo o que puder ajudar no atendimento a pacientes”, explica a enfermeira-chefe da unidade de saúde, Daniela Salomão. Para evitar mais transtornos, casos de baixa complexidade estão recebendo alta rapidamente. “Não temos vítimas das chuvas, por isso o movimento é normal, mas, de qualquer maneira, estamos atendendo apenas casos de urgência, além de partos normais e cesarianas”, contou a enfermeira. Como os postos de saúde não estão atendendo por causa da falta de água e, em alguns bairros, também por falta de energia elétrica, os servidores públicos formaram equipes de atendimento diretamente nos bairros mais atingidos, onde também estão funcionando cozinhas comunitárias.
Na Avenida da Prainha, que margeia o Rio das Cinzas, as casas que não foram levadas pela força da água desmoronaram. De acordo com a prefeitura da cidade, havia cerca de 150 pessoas desabrigadas e mais seis famílias alojadas no salão paroquial.
As chuvas que caíram na sexta-feira e no sábado em Tomazina foram equivalentes ao que normalmente chove em três meses. De acordo com o Instituto Simepar, a chuva atingiu a marca de 232 milímetros, o que é um recorde – de acordo com registros da própria prefeitura da cidade, não chovia assim desde a década de 1950, quando uma enchente causou o transbordamento do Rio das Cinzas.
De acordo com o prefeito Guilherme Cury Saliba Costa, que esteve em viagem à Brasília, providências emergenciais estão sendo tomadas para diminuir o sofrimento das pessoas que perderam tudo que possuíam. “Estamos cientes da catástrofe e trabalhamos incessantemente para melhorar essa situação que nos pegou de surpresa. Em breve tudo será regularizado”, destacou Guilherme.

Serviço dos bombeiros vai chegar
a 80% dos paranaenses neste ano

Desde o início do programa Bombeiro Comunitário foram construídos 50 postos e, neste ano, serão financiados mais 25


DAS AGÊNCIAS - Com a implantação da segunda fase do programa Bombeiro Comunitário, o atendimento chegará a 80% dos paranaenses até o fim deste ano. Em 2003, cerca de 60% da população tinha postos de bombeiros em seu município. Desde o início do projeto, foram construídos 50 postos, em pequenos municípios e, neste ano, serão financiados mais 25. Os números foram apresentados pelo secretário-chefe da casa militar e coordenador estadual da Defesa Civil, coronel Washington Alves da Rosa, nesta terça feira (26), durante a escola de governo. Pelo programa, o Estado financia a construção dos postos, com 20% do valor a fundo perdido, fornece caminhões de combate a incêndios e treina funcionários da prefeitura para atuarem como bombeiros. Os municípios fornecem o terreno, pagam os funcionários e mantém o posto. “O programa foi um sucesso desde seu projeto-piloto e garante atendimento imediato, com pessoas preparadas para emergências”, afirmou o coronel Washington.
Os bombeiros comunitários foram idealizados para prestar atendimento em pequenos municípios, com mais de 15 mil habitantes, já que, nessas cidades, havia falta de estrutura para emergências. “Apesar de as comissões de Defesa Civil estarem em todo o Estado, na prática, por falta de pessoal e equipamentos, a maioria dos municípios ficava sem atendimento especializado”, explicou.
Do total de ocorrências no Paraná, desde 2003, os bombeiros comunitários foram responsáveis por 12% dos atendimentos, a maioria combate a incêndios florestais. “Antigamente, um pequeno incêndio tomava proporções gigantescas, causando grandes danos ambientais”, lembrou o coronel Washington.
Segundo explicou o chefe da Casa Militar, o governo do Estado, além de criar os bombeiros comunitários, também investiu nos militares, que ocupam 48 postos nas maiores cidades do Estado. “O maior investimento da história do bombeiro militar foi feito no atual governo”, afirmou o coronel Washington. Cerca de R$ 57 milhões foram usados na compra de helicópteros, caminhões, ampliação do atendimento do Siate, compra de materiais de resgate, construção de quartéis e piscinas para treinamento. Além disso, foram contratados 300 bombeiros e um novo concurso vai selecionar mais 400, que começam o treinamento a partir de abril.

Com incentivos do município,
confecção se destaca em Salto

A fábrica é responsável por produzir todos os artigos
relacionados à jeans, como calças e shorts


DA REDAÇÃO - O Jornal do Paraná entrevistou na última semana a gerente de uma fábrica de confecções, Bruna Rafaela da Cunha, do município de Salto do Itararé, propriedade de Sérgio e Shirley Tebon, os quais possuem outras unidades em Quatiguá e Siqueira Campos. Segundo a gerente, aproximadamente 70 pessoas estão trabalhando na fábrica. “A geração de emprego em Salto é grande, pois temos recebido grande apoio do nosso prefeito Israel Domingos e isso é importante para que sonhos sejam realizados”, afirmou, lembrando que o barracão onde a fábrica está localizada foi cedido pelo prefeito. “Antes de trabalharmos aqui, trabalhávamos num outro barracão, alugado”, disse.
A fábrica é responsável em produzir todos os artigos relacionados a jeans, como calças e shorts. “A confecção é realizada por nós, no entanto, mandamos para o Estado de São Paulo, onde é feito o acabamento das peças”, explicou Bruna.
Sobre o treinamento dos funcionários a gerente revelou que é feito todos os dias na parte da tarde para que o produto fabricado seja sempre de alta qualidade. “Nem todos os que entram trabalhar conosco têm experiência na área de confecções. Nós tiramos a parte da tarde para ensinar as pessoas para que desempenhem sua função da melhor maneira possível”, afirmou.
O prefeito Israel Domingos destacou a importância da fábrica em Salto. “Nossa comunidade é privilegiada de oferecer tantos empregos como acontece nessa empresa. É gratificante ver nossos munícipes satisfeitos e empregados”, finalizou o prefeito saltense.

Sistema de saúde de Pinhalão
passa por reformas para oferecer
um melhor atendimento

Segundo o secretário de saúde do município,
a intenção é melhorar o espaço físico do local,
para que a população possa ser atendida de modo diferenciado

DA REDAÇÃO - A secretaria de saúde de Pinhalão vem procurando fazer o melhor para a população. Em vista disso estão sendo realizadas reformas no sistema de saúde, melhorando o espaço físico para proporcionar aos munícipes um atendimento diferenciado. De acordo com Valdenir Vidal, secretário de saúde da cidade, será de grande valia as mudanças que ocorrerão. “Nosso espaço era um prédio muito antigo, mas agora estamos nos preparando para usufruirmos de um local melhor e atender melhor a nossa comunidade. Temos um pequeno espaço que está sendo ampliado, mas basicamente a obra consiste em reformas”, disse.
Vidal, que trabalha há treze anos na secretaria e cinco, como secretário, revelou que pretende conversar com o prefeito sobre um projeto de ampliação do posto da vila Guarani. “Queremos visar sempre o melhor e vamos conversar com o prefeito sobre esse projeto”, disse, lembrando que o município já conseguiu um Centro de Atendimento à Saúde da Mulher e da Criança. “Já foi aprovado e em breve estaremos iniciando as obras”.
O secretário lembrou também que foi conseguido a fundo perdido, do ministério da saúde, uma nova unidade básica do centro de saúde e que anseia que seja montado no município um laboratório próprio.
“Na vila Guarani o atendimento já está sendo feito. Já existe um posto de saúde que tem atendimento, agora vamos fazer uma sala de dentista e o calçamento das ruas já no próximo mês. Temos também a reforma do posto central, na qual vamos investir R$ 105 mil, através de verbas federais”, disse o prefeito municipal Claudinei Benetti.

Outras obras

Pinhalão conquistou mais uma benfeitoria junto ao governo do Estado. Desta vez foi um recape asfáltico nos principais acessos da cidade, obra que está inclusa no programa estadual de recuperação asfáltica de pavimentos em vias urbanas. O empreendimento se dará em conjunto com o DER-PR, o SEDU Paranacidade, secretaria de Estado dos transportes e secretaria de Estado de desenvolvimento urbano.
O investimento é de R$ 200 mil e vem como a solução final de problemas antigos em trechos da rua Antonio de Oliveira Mariano, na saída para Tomazina.
Além deste trecho, a ponte de acesso à Pinhalão também ganhará nova pavimentação, reperfilamento do seu leito carroçável e limpeza dos extravasores de águas superficiais, acabando assim com as poças que se formavam sobre ela e dificultavam a travessia, tanto por pedestres quanto por veículos.

Liechocki aposta que 2010
será um ano de investimentos

Como presidente eleito da Amunorpi,
prefeito siqueirense revela que irá trabalhar
muito para o fortalecimento da região

DA ASSESSORIA - O prefeito Luiz Antonio Liechocki afirmou que está confiante com o ano de 2010, mesmo sendo um ano eleitoral e de copa do mundo, onde o país praticamente pára e também se mostrou otimista com as possibilidades de investimentos no município. Luiz Antonio explicou que em 2009 as coisas foram difíceis, pois teve que segurar os investimentos para manter a integridade da máquina pública, já que a queda de arrecadação foi muito forte e aliada às condições climática, onde as chuvas prejudicaram estradas rurais e urbanas.
Para 2010, Luiz disse que a prefeitura irá investir na compra de novos equipamentos. Na manhã da segunda-feira (18) ele já negociava com órgão do governo, recursos para compra de caminhões e moto niveladora (patrola). “Vou renovar a frota municipal para economizar na manutenção e essa economia vai proporcionar mais investimentos na geração empregos, através de compra de novas máquinas para o incentivo à industrialização” explicou Luiz.
Outro destaque para esse início de ano são as obras de revitalização da baixada, onde serão mais de R$ 500 mil investidos, para que sejam resolvidos os problemas de alagamento. Liechocki, eleito presidente da Amunorpi no fim do ano passado, deve tomar posse no dia 26 de fevereiro em uma reunião solene em Siqueira Campos. Ele comentou que tem grandes expectativas à frente da instituição e argumentou que após a posse vai percorrer todos os municípios da Amunorpi para discutir o fortalecimento da região.
Luiz acredita que a união dos prefeitos pode resultar em força política, que conseqüentemente trará mais investimentos para o norte pioneiro.

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